Santa Catarina

Padre Pedro aponta que governador ataca Bolsa Família enquanto concede R$ 31 bi em isenções

Programa injetou R$ 1,45 bilhão na economia, movimentando o comércio e o setor de serviços em todas as regiões do estado

ícone relógio28/11/2025 às 12:00:00- atualizado em  
Padre Pedro aponta que governador ataca Bolsa Família enquanto concede R$ 31 bi em isenções

Padre Pedro aponta que governador ataca Bolsa Família enquanto concede R$ 31 bi em isenções

O deputado Padre Pedro Baldissera criticou as declarações do governador de Santa Catarina contra o Bolsa Família, programa que garante alimentação e dignidade a milhares de catarinenses.

Segundo o parlamentar, ao mesmo tempo em que o governador ataca uma política social essencial, projeta R$ 31,1 bilhões em renúncia fiscal até 2026, beneficiando principalmente grandes grupos econômicos.

Até outubro de 2025, o Bolsa Família injetou R$ 1,45 bilhão na economia, movimentando o comércio e o setor de serviços em todas as regiões do estado. O programa atendeu 199.934 famílias em Santa Catarina, alcançando 671.168 pessoas.

Já a renúncia fiscal projetada pelo governo catarinense tem valor 21 vezes maior que o total destinado ao Bolsa Família, montante que concentra benefícios em grandes empresas.

“Os números reforçam o contraste”, apontou o deputado.

Para Padre Pedro, os dados e as declarações do governador demonstram claramente a prioridade escolhida: críticas ao apoio destinado às famílias mais pobres, enquanto se ampliam benefícios bilionários para quem já concentra renda e poder econômico.

“Queremos que o tema seja debatido com transparência e responsabilidade, destacando o impacto dessas decisões sobre os serviços públicos, as políticas sociais e a vida de todos e todas em Santa Catarina”, disse.

 

Benefícios sociais

Padre Pedro também ressaltou que além de garantir renda para as famílias em situação de pobreza, o programa integra políticas públicas, fortalecendo o acesso das famílias a direitos básicos como saúde, educação e assistência social.

Para receber o Bolsa Família, os beneficiários assumem compromissos para melhorar cada vez mais a qualidade de vida de suas famílias. São as chamadas condicionalidades em saúde e educação.

Na área de saúde, as crianças menores de sete anos devem cumprir o calendário de vacinação e realizar acompanhamento do estado nutricional (peso e altura) e as gestantes devem realizar o pré-natal. Já na área de educação, as crianças, adolescentes e jovens devem ter frequência escolar de 60% (menores) até 75% (maiores).

 

Combate à pobreza e à fome

Com o aumento da renda pela conquista de um emprego formal, pela abertura de um pequeno negócio ou pela melhora nas condições financeiras do domicílio, 2 milhões de famílias deixaram de receber o Bolsa Família entre janeiro e outubro de 2025. Os dados são da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Das 2.069.776 famílias que deixaram de depender do programa de transferência de renda neste ano, a maioria (1.318.214) saiu do benefício em razão do aumento dos ganhos totais no domicílio. Outras 24.763 fizeram o desligamento voluntário, enquanto 726.799 famílias concluíram o período na Regra de Proteção.

 

Foto: Rodrigo Corrêa/Agência AL